sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Mórbida semelhança

            Nos últimos trinta dias, nunca o goiano pareceu tanto com o seu primo rico, o paulista. Mas uma semelhança, meio que "zumbinesca", sempre inferior a matriz, refletida num desejo de voto "aecista"; opiniões conservadoras, beirando o fascismo, ou mesmo, fascistas. Desejo que se materializa até mesmo no clima, uma seca dos diabos.
           Na reunião de professores, a pessoa cita artigos de Dora Kramer, Miriam Leitão e Arnaldo Jabor, como se fossem opiniões avalizadas sobre qualquer coisa.
             Minha esposa chega do consultório médico, e relata a coação da médica: "você vota contra ou a favor do Brasil?". Obviamente vocês já devem ter adivinhado a opção que ela defende como favorável ao Brasil. Tal coação funciona com gente suscetível, e pouco informada, mas imaginem a atitude de má fé que boa parte da classe médica brasileira se presta a fazer neste período eleitoral. Verdadeira corporação que defende reserva de mercado, sem qualquer compromisso com seus pacientes, a classe médica age vampirescamente defendendo o seu estoque de sangue permanente, os usuários de serviços médicos. Isto mesmo, serviços médicos como quaisquer outros serviços, mas que devido ao alto investimento das famílias para terem seus filhos nesta profissão, acabam por pensar que são melhores e têm privilégios.

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