Juan Rulfo deve ter sofrido horrores com as pressões para escrever, escritor de uma novela e alguns contos. Quem puder ver a entrevista, percebe o quanto ele se sentia incomodado, um presente-ausente do "mainstream" literário, e da cova dos leões da crítica literária.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Eis uma precisa observação sobre o que devemos temer e compreender, uma visão não condescendente do nosso íntimo.
***
Para as assombrações, desnecessária é a alcova,Desnecessária, a casa -
O cérebro tem corredores que superam
Os espaços materiais
Mais seguro é encontrar à meia-noite
Um fantasma,
Que enfrentar, internamente,
Aquele hóspede mais pálido.
Mais seguro é galopar cruzando um cemitério
Por pedras tumulares ameaçado,
Que, ausente a lua, encontrar-se a si mesmo
Em desolado espaço.
O "eu", por trás de nós oculto,
É muito mais assustador,
E um assassino escondido em nosso quarto,
Dentre os horrores, é o menor
O homem prudente leva consigo uma arma
E cerra os ferrolhos da porta,
Sem perceber um outro espectro,
Mais íntimo e maior.
Emily Dickinson
Assinar:
Postagens (Atom)