segunda-feira, 25 de julho de 2016

      "Se eu tivesse vontade de encomendar um anel para mim, escolheria a seguinte inscrição: ´Nada passa´. Acredito que nada passa sem deixar marcas e que cada pequeno passo nosso tem um significado para a vida presente e futura". Narrador da novela, "Minha Vida", de Anton Tchekhov.
             Homenagens e premiações sempre provocam reações diversas, recentemente li o livro, "O Amor de Mítia", de Ivan Búnin, que recebeu o prêmio Nobel de literatura, provavelmente por ser um dissidente do regime soviético e ter organizado em Paris revistas que divulgavam a literatura russa. Romance mediano, não merece muita atenção. E em seguida li a novela, "Minha Vida", de Tchekhov que morreu em 1904, três anos após o início da premiação sueca para a categoria literatura, obviamente não se discute o fato de ele não ter ganho o Nobel. O que impressiona é o desnível de qualidade entre os autores; e consequentemente a genialidade de Tchekhov. "Minha Vida" foi escrita em 1896, sendo um dos últimos trabalhos do autor, já renomado teatrólogo e contista; e a qualidade  narrativa no desenrolar desta novela, do otimismo transformador, ao total convencimento de que no final estamos sós; que os fatos sufocam nossos planos e sonhos. Recomendo a leitura!!!

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